A AMD parece estar pronta para dar uma guinada importante no mundo das GPUs. Segundo vários rumores e vazamentos recentes, a empresa está planejando encerrar sua linha de arquiteturas RDNA, muito conhecida entre os gamers, e dar lugar a uma nova geração chamada UDNA. Essa decisão marca uma mudança drástica no desenvolvimento de GPUs, com a promessa de unificar as tecnologias para gamers e data centers em uma única arquitetura poderosa. Mas o que isso realmente significa para o mercado e, principalmente, para os consumidores? Vamos mergulhar nos detalhes.
O QUE É UDNA E POR QUE A AMD ESTÁ APOSTANDO NELA?
A UDNA será a sucessora direta da arquitetura RDNA 4, que está sendo desenvolvida para a próxima geração de GPUs AMD Radeon. A principal novidade da UDNA é que ela unifica as arquiteturas RDNA, voltadas para games, e CDNA, usadas em data centers, em um único design. Essa abordagem é semelhante à estratégia da Nvidia com sua arquitetura CUDA, que integra diferentes segmentos de mercado.
A ideia é que a UDNA simplifique o desenvolvimento de GPUs ao criar um ecossistema unificado. Atualmente, a AMD precisa desenvolver soluções diferentes para atender gamers e o mercado corporativo, o que aumenta custos e gera problemas de compatibilidade. Com a UDNA, o objetivo é otimizar recursos, entregar melhor desempenho e garantir um conjunto unificado de recursos para consumidores e empresas.
Além disso, a nova arquitetura pode ajudar a AMD a melhorar sua presença no mercado de GPUs. Embora as placas RDNA tenham tido algum sucesso, especialmente em dispositivos portáteis como o Steam Deck, a AMD ainda enfrenta dificuldades para competir de igual para igual com as placas Nvidia no segmento de alto desempenho.
UDNA NOS CONSOLES: O FUTURO DO PLAYSTATION E DO XBOX
Uma das partes mais empolgantes desse rumor é que a UDNA também estará presente na próxima geração de consoles. Fontes afirmam que a AMD será novamente a fornecedora de hardware gráfico para o PlayStation 6 da Sony. O console deve usar uma GPU baseada na arquitetura UDNA, enquanto a CPU poderá ser baseada nas arquiteturas Zen 4 ou Zen 5, ainda em avaliação.
Isso reforça a parceria de longa data entre AMD e Sony, que começou no PlayStation 4. Vale lembrar que o PS5 já utiliza a arquitetura RDNA 2, enquanto a versão Pro promete trazer elementos de RDNA 4 para aprimorar tecnologias como ray tracing. Com o PS6, a Sony pretende aproveitar ao máximo as capacidades da UDNA para entregar gráficos ainda mais impressionantes e uma experiência de jogo aprimorada.
E não é só a Sony que está apostando na AMD. O suposto console portátil do Xbox, ainda em fase de planejamento, também pode adotar hardware da AMD. No entanto, a Microsoft está considerando opções, incluindo chips da Qualcomm, o que pode indicar uma possível mudança para a arquitetura ARM. Ainda assim, especialistas acreditam que a AMD tem grandes chances de ser a escolhida, considerando sua parceria bem-sucedida com a Microsoft em consoles anteriores.
PRODUÇÃO E LANÇAMENTO: QUANDO VEREMOS A UDNA EM AÇÃO?
Embora os detalhes ainda sejam escassos, os rumores indicam que as GPUs UDNA entrarão em produção em massa no segundo trimestre de 2026, com lançamento para o mercado consumidor previsto entre o final de 2026 e o início de 2027. Isso significa que a atual linha de GPUs RDNA 4 terá um ciclo de vida relativamente curto, já que está planejada para chegar ao mercado em 2024 e deverá ser substituída pela UDNA em pouco mais de dois anos.
Os rumores também sugerem que a AMD está focando a RDNA 4 no mercado de entrada e intermediário, deixando os modelos de alto desempenho para a geração UDNA. Essa estratégia pode ser uma tentativa de ganhar tempo para refinar tecnologias como o FidelityFX Super Resolution (FSR), que é a resposta da AMD ao DLSS da Nvidia.
POR QUE A AMD ESTÁ DEIXANDO A RDNA PARA TRÁS?
Encerrar a linha RDNA pode parecer uma decisão ousada, mas faz sentido do ponto de vista estratégico. A AMD vem enfrentando dificuldades para competir com a Nvidia no segmento de GPUs de alto desempenho. Além disso, a manutenção de duas arquiteturas separadas – RDNA para games e CDNA para data centers – exige mais recursos de desenvolvimento e dificulta a compatibilidade entre produtos.
Com a UDNA, a AMD espera resolver esses problemas e criar um ecossistema unificado que seja competitivo em todos os segmentos. A ideia é permitir que tecnologias desenvolvidas para data centers, como inteligência artificial e aprendizado de máquina, também sejam aproveitadas em GPUs voltadas para games e vice-versa.
Outra vantagem da UDNA é a simplificação do suporte de software. A AMD já está trabalhando para expandir o suporte ao ROCm, sua plataforma de software para computação de alto desempenho, para toda a linha de produtos, desde as GPUs Radeon até as GPUs Instinct. Isso permitirá que os desenvolvedores criem aplicações que funcionem em diferentes dispositivos sem precisar reescrever código.
O QUE ISSO SIGNIFICA PARA OS GAMERS?
A transição para a UDNA é uma aposta de alto risco para a AMD. Por um lado, unificar suas arquiteturas pode melhorar a competitividade da empresa e levar a GPUs mais eficientes e poderosas. Por outro, a AMD precisa convencer os gamers de que essa mudança será benéfica para eles.
A principal preocupação dos consumidores é se a UDNA conseguirá oferecer desempenho comparável ao das GPUs Nvidia, que atualmente lideram o mercado. Além disso, a AMD precisa garantir que as GPUs UDNA sejam acessíveis e eficientes em termos de consumo de energia, duas áreas onde a Nvidia já mostrou força com suas placas mais recentes.
UM NOVO CAPÍTULO PARA A AMD
Com a UDNA, a AMD está entrando em uma nova fase no mercado de GPUs. A unificação de arquiteturas promete simplificar o desenvolvimento, melhorar a compatibilidade e trazer inovações tanto para gamers quanto para empresas.
No entanto, a AMD ainda tem muito a provar. A Nvidia domina o mercado de GPUs há anos, e superar essa barreira será um grande desafio. Se a UDNA entregar o que promete, ela pode marcar o início de uma nova era para a AMD e transformar o mercado de GPUs como o conhecemos.
Agora é esperar e ver o que a AMD tem reservado para os próximos anos. Enquanto isso, os gamers podem aproveitar as GPUs RDNA 4, que prometem ser a última representante de uma linha que marcou a história dos gráficos no PC.